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Pensões

alegres

Por: Ana Júlia

Um resgate a memória da boemia cearense

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Pensões alegres

CONHEÇA A HISTÓRIA DOS ANTIGOS CABARÉS DE FORTALEZA

Em um momento de transição de Fortaleza, quando os antigos moradores do Centro da Cidade se mudavam para novos bairros, os casarões do Centro deram lugar a pontos comerciais e também a boates, na verdade prostíbulos. Cabarés que receberam um nome carinhoso de “pensões alegres”. Elas tiveram seu auge nos anos 40 e 50, mas algumas dessas casas resistiram até a década de 70.

Foram anos de noitadas de festas no Centro. Na época dos Cabarés, os homens tinham diversão garantida bem longe dos olhares de suas esposas e namoradas. Eles se divertiam nos cabarés com moças que vinham principalmente do interior. Na maioria das casas, era no nome da madame que identificava o lugar.

Introdução
Capital cearense na década de 1950

Capital cearense na década de 1950

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Passeio pela história

Os endereços que abrigaram as principais cabarés da Capital

 O público que frequentava as chamadas “pensões alegres”, ia de autoridades, políticos, até  grandes comerciantes. Os Cabarés que fizeram mais sucesso em Fortaleza ficavam localizados nas principais ruas do Centro. Entre os nomes mais famosos estão: Bar da alegria, Boate Monte Carlo, Boate Fascinação, Amélia Campos. Eles estavam situados nas principais ruas do Centro. Já as chamadas “decadentes”, portadoras de doenças, ficavam nas ruas marginalizadas do Centro, por exemplo, por trás da Santa Casa de Misericórdia.

“Era proibido beijo na boca com o cliente. Só podia beijar o amante, aquele que tinha um relacionamento amoroso" 

- Juarez Leitão | Historiador -

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Historiador Juarez Leitão relembra os antigos cabarés da Capital

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As mesmas noites que faziam a alegria dos rapazes, os mesmos frequentavam de dia os lugares de forma discreta. O antigo frequentador, o seu Marcelo Sampaio, relata como era a sua vivência nas noites da cidade. Como a maioria dos rapazes da época, o seu Marcelo primeiro cumpria o compromisso com a namorada, só depois ia para as pensões alegres.

“Eu ia pra casa da minha namorada, mas não podia ficar até tarde, a gente ficava sob o olhar atento do pai dela. Saia de lá umas oito, nove (da noite), aí eu ia pro Centro. Eu frequentava e ela sabia, mas não reclamava, pois nosso namoro era muito restrito”.

O período de decadência das “pensões alegres” se deu no final dos anos 70, onde foi proclamado um edital de Secretaria de Segurança com a aceitação do Ministério Público, de proibição de som com alto volume, a partir das 22 horas. Com essa nova regra, ficou mais difícil de atrair público. Segundo o historiador Juarez Leitão, a festa lá dentro tinha muita música alta.

Imóveis que abrigaram cabarés no Centro

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